10 setembro 2015

Um toque de verdade



Autora: Christine Woodward
Tradutor: Caco Ishak
Revisão: Tággidi Mar Ribeiro
Editora: Novo Século
Ano: 2013
Páginas: 326
Título Original: Rogue touch
(O toque da vampira)
Gênero: Ficção: Literatura norte-americana 

Sinopse:Anna Marie é uma garota estranha. Ela se veste...de maneira diferente: coberta dos pés a cabeça, sendo seu rosto a única pele à mostra. 
Mas ela não tem escolha. Sua pele, seu toque, é uma arma mortal que deve ser escondida. Um acidente levou Anna Marie a fugir para o Mississippi. Lá ela conhece James, e tudo muda. Ele é simplesmente igual a ela: solitário, e também em fuga. 

Para escapar da misteriosa e perigosa família de James, a dupla põe o pé na estrada e, à medida que atravessam o país, passam a compartilhar seus passados repletos de segredos. 


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Olá povo, como é que vocês estão? 

Quando eu comecei esse livro eu realmente esperei algo surpreendente, poxa, é a minha personagem favorita, e eu não medi esforços para ir atrás desse livro e consegui-lo. Mas confesso que não valeu nenhum dos meus esforços e acabou se unindo a minha lista dos piores livros que já li. 

Resumidamente a história da Anna Marie, para quem não conhece se trata da Vampira dos X-Men, é relatada a partir do momento em que seu antigo namorado, ou o que é que ele poderia ser considerado na época, entra em coma e ela acaba fugindo, com medo dos próprios poderes e se torna uma pessoa sem rumo e posso dizer também sem futuro algum. 

Com um emprego qualquer em uma padaria e com roupas pesadas, Anna Marie se vê a beira do colapso ao ser despedida do emprego que lhe garante o sustento e, em uma medida extrema, invade a padaria para conseguir alimentos, já que seu curto orçamento a deixa de barriga vazia quando se depara com a dona da padaria, a modesta e recatada Wendy Lee, aparece armada e toca na pele de Anna Marie, entrando em coma logo em seguida. 

Com os novos pensamentos de Wendy Lee reunidos em seu corpo assim como suas antigas lembranças, Anna Marie corre para seu apartamento e reúne tudo o que precisa para fugir, até que então desconhecido James aparece de carro para ajudá-la a fugir. Ambos em fuga e ambos perseguidos: Vampira foge dos policiais enquanto James, que mais tarde descobre-se que seu nome verdadeiro é algo parecido com Touch, foge dos habitantes de seu antigo planeta. Perdidos e sozinhos, acabam se aproximando e vivendo uma bela história...

Se pudessem me ver nesse momento eu estaria com a mão na cabeça pensando no que a autora queria nos dizer com isso. Recentemente eu li um comentário de uma menina sobre o livro, até esqueci o nome da pessoa, mas praticamente é o que eu penso sobre o livro: está mais para uma Fic (uma história criada por um fã, algo do gênero) do que para um livro. Eu li o livro e não consegui imaginar a Vampira dos Quadrinhos e do desenho daquela forma. Em várias partes da história ela era retratada como uma "bobinha" apaixonada, pode até ser que eu esteja errada, mas eu não a vejo assim. 

A ideia da autora de colocar um personagem de outro planeta, ao meu ver, foi uma ideia de salvar o livro do fracasso total, criando uma história amorosa entre eles que eu não vi ligação nenhuma. Soou mais como um "já que só tem você, que seja você mesmo né..." então, não vi necessidade nenhuma nesse enlace. Até quando o nome dele era James, não parecia tão ruim porém, quando ele revela seu nome original que é algo relacionado a Touch... quase abandonei o livro. Em inglês é algo relacionado a "toque", um contato, que a Vampira não pode ter. Então já dá para notar que eles NÃO poderiam ser um casal. 

Perto dos outros livros da Novo Século, esse para mim foi horrível e totalmente fraco. A história só tomou sua forma quando eu parei de imaginar a Vampira como Vampira. Imaginei que fosse qualquer outra menina que tinha "problema de pele" para que assim, eu pudesse ler até o fim. Entrou na minha lista de livros ruins, infelizmente, e eu fiquei totalmente decepcionada com ele. Quem acompanhou minha busca pelo livro sabe que eu quis realmente ele por ser, como dizem, "um capítulo perdido do passado da vampira" mas para mim não passou de uma história sem sentido de uma menina estranha com um E.T. Fica minha tristeza aqui, apenas, e espero que um dia venha a ser lançado um livro melhor sobre esta personagem. 



Alguns trechos do livro: 

"O que leva uma pessoa a sobreviver quando ela não tem mais nada pelo que viver?" {Pág. 28}

"Muito antes do beijo de Cody, eu tinha a convicção de que a vida não era exatamente só o que nós conseguíamos enxergar com nossos próprios olhos. Existiam outras coisas. Coisas que não tinham nada haver com lógica, nem mesmo com religião. Não apenas coisas mágicas como também inesperadas e inexplicáveis." {Pág. 75} 

"-Vampira. 
-Vampira o quê?
-É assim que eu vou chamar você. É não de Anna Marie. Em analogia àquele gene trapaceiro, que impede de aproveitar o calor." {Pág 93} 

"Acho que tem haver com o que aprendi na escola com minha professora de gramática, Srta. Eloise Fitzsimmons: que a gente nunca vai entender uma pessoa até dar uma voltinha com os sapatos dela." {Pág. 137} 

"-Olha só, tudo o que você precisa saber sobre este mundo é que as pessoas ricas são donas de tudo. O que não deixa praticamente nada pro resto do povo, no qual me incluo." {Pág. 140} 


Sobre a autora:

Christine Woodward é o pseudônimo de Nina de Gramont. Vive na costa da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Confesso que não sei nada sobre essa escritora, procurei algum outro livro dela mas todos os títulos parecem não possuir uma tradução ainda. Caso você conheça algum livro dela, compartilhe comigo! Vou gostar de saber. 

Por Bruna 

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