20 agosto 2016

Nem tão bom assim: Série Imortais

Autora:Alyson Noel
 Tradutora: Marcelo Mendes
Editora: Intrínseca
Ano: 2009
Páginas: 255
Título Original: Para Sempre

Sinopse: Ever Bloom morava com seus pais, sua irmã mais nova e seu cachorro Buttercup. Era uma típica adolescente, líder de torcida e garota popular da escola. Em um acidente de automóvel, ela perde toda sua família e tem que mudar toda sua vida. Vai para outra cidade para morar com sua tia, sua única parente viva. Tem que começar uma nova vida em outra escola e com novos amigos. Porém, nada é como antes. Ela adquiriu dons especiais após o acidente. Pode ver a aura das pessoas, ouvir seus pensamentos e saber sobre suas vidas com um simples toque. Isso faz com que se isole, fuja de qualquer contato humano e se esconda sobre seu capuz e seu fone de ipod no ouvido que diminui os sons das mentes ao seu redor. Então, ela conhece Damen, o aluno novo da escola. Ele é misterioso, faz aparecer tulipas do nada e tem a capacidade de silenciar todas as vozes que a perturbam. Ela não sabe quem ele é realmente, mas perto dele se sente normal novamente, sendo incapaz de resistir a paz que ele a proporciona. Desta forma, acaba se envolvendo cada vez mais com Damen e se apaixonando.


Essa série tem uma história muito engraçada para mim, a forma como conheci e consegui os livros. Quando eu iniciei a leitura do primeiro livro, qual seja, Para sempre, eu tive a nítida sensação de que estava lendo uma espécie de reconstrução do mundo fantasioso de Crepúsculo com uma leve pitada de espiritualidade. Posso confirmar que sim, o que chamou minha atenção foi a capa do livro, que me passou a ideia de ser um romance mais tradicional e que, durante a leitura, me surpreendeu com o sobrenatural, assim como a sinopse, que me deixou completamente interessada em Damen, aliás, eu considerei a escolha do nome perfeito.
Sobre a Ever, eu prefiro não comentar muitas coisas, porque eu simplesmente odiei ela e falo isso com franqueza. Achei uma personagem ruim, completamente sem “sal”, confusa, irritante, monótona e com propensão a fazer besteiras que deixariam com inveja qualquer pessoas desastrada, como eu nesse caso. Em resumo: não vejo fundamentos na criação dela. Acho que o que superou essa personagem mal construída que poderia ter afundado a série inteira foi o enredo envolvente que, em muitos episódios, se perdeu, mas que sempre manteve o mistério na leitura. Ou seja, o livro vai forçar você a querer ler porque você irá querer conhecer e descobrir mais coisas.
O livro retrata a vida de Ever Bloom e é escrito em primeira pessoa. Ever é uma adolescente que, infelizmente, sofre ainda com a perda dos pais em um acidente de carro. Misteriosamente ela foi salva desse destino fatídico, porém, ela acaba tendo mudanças radicais em sua vida que a isolaram do contato com as demais pessoas, mantendo um parco grupo de amigos: Haven (gótica) e Miles (um garoto que assume sua homossexualidade). Para resumir: eles são os excluídos da turma.
Falando em Haven, a escritora criou um dom para péssimos personagens. Ela é descrita como melhor amiga de Ever, porém... Eu preferia um rato a ela como amiga. Invejosa, comilona, procura atenção que não tem em casa em todos os cantos e têm sérios, mas sérios problemas de personalidade, sendo facilmente controlada e influenciada por qualquer pessoa.
As coisas na vida de Ever parecem mudar drasticamente, novamente, quando um garoto novo entra na escola. Esse garoto misterioso que exala sensualidade em suas roupas pesadas é Damen, cujo passado ninguém parece conhecer. Ele é descrito como um personagem a qual todas as meninas desejam e que parece, aos olhos da Ever, esconder um segredo terrível.
O grande segredo da vida de Ever é que, após o acidente, ela consegue ver auras e saber do passado e futuro das pessoas com um simples toque, quase ao estilo Rogue dos x-men, fora o fato de que consegue ver a irmão morta, Rilley.
O que eu posso resumir é que grande parte do livro são os sentimentos de culpa pelo acidente ocorrido com os pais. O livro tinha tudo para dar errado, porém, acredito que o ponto alto dele seja realmente a questão de espiritualidade que o envolve, uma vez que ele procura retratar que há algo além da morte.
O livro não traz grandes novidades na área literária, afinal retrata a vida de uma garota problemática que se depara com o sobrenatural e se apaixona. Obviamente, temos a retratação de uma vilã, Drina, que pouco é retratada nesse início, mas que possivelmente causa ciúmes a ela. Não considero a melhor saga que já li, visto que suas características se assemelham com alguns livros de renome bem como seu enredo já foi massacrado pela quantidade de livros que abordam assuntos idênticos. Acho que a grande novidade do livro e saga é a representação do sobrenatural aliado a espiritualidade. 
Sei que parece uma reclamação constante, mas os personagens não conseguem convencer o leitor de grandes coisas. Acho que eu esperava mais de um livro que tinha tudo para dar errado, eu esperava uma salvação para ele, mas confesso que só li ele inteiro porque a minha curiosidade com o fim foi maior.
Esse livro é um dos que compõem o quadro: não gostei, mas li até o fim porque sim, é meu dever ler a saga toda. O belíssimo trabalho da editora com a capa merece ser reconhecido, afinal foi a primeira coisa que me chamou atenção. Um aliado a leitura desse livro é que ele tem poucas páginas, não sobra tempo para “jogar” o livro pela janela.
E você? Já leu algum livro por pura curiosidade mesmo não gostando do enredo? 
Por Bruna. 

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